NerdCast


7 de mai. de 2007

Mais robôs gigantes? E quem se importa?

Idolm@ster: Xenoglossia é uma série de animação japonesa baseada no jogo homônimo para Xbox, mas com abordagem diferente.

O anime conta história de Amane Haruka, uma menina comum (para os padrões de meninas comuns em animes, óbvio) que é aprovada em uma audiência para ser cantora. Após a euforia inicial, ela descobre que por algum motivo consegue pilotar Imber, um dos misteriosos mechas gigantes da série Prometheus. Esses robôs, chamados iDOL, aparentam ser tão perigosos que muitos deles foram simplesmente selados em complexos localizados no fundo de uma Tóquio submersa.

As semelhanças com Evangelion param aí (ou não), pois os grandes oponentes de Xenoglossia não são anjos enviados por Deus e sim meteoros de um cinturão de asteróides que se originaram de um corpo espacial conhecido antigamente como Lua. O estilo de narração, vale lembrar, é bem mais leve que Eva, embora a animação lembre muito outros trabalhos mais pesados, como Tokyou majin gakuen kenpuchou e Romeo x Juliet.

Xenoglóssia é a habilidade mediúnica manifestada por pessoas que, de uma hora para outra, conseguem se comunicar em línguas que nunca aprenderam antes e é usado pela igreja católica como indicação para saber se uma pessoa está possuída por espíritos malignos. O exemplo mais clássico é encontrado no filme O exorcista.

Comparado com outras séries do gênero, Idolm@ster não é inovador. O que não implica que deva ser descartada. É, pelo menos, uma revitalização do gênero mecha, tão esquecido por nós nos últimos tempos.

30 de mai. de 2006

Homenagem gelada

O que acontece quando campeões olímpicos resolvem demonstrar publicamente o seu lado nerd? A resposta para essa pergunta foi dada por Marina Anissina e Gwendal Peizerat, um casal de patinadores franceses que ganhou a medalha de ouro nas olímpiadas de Salt Lake City, em 2002, ao criarem uma apresentação baseada em Star Wars.

Tal show tem tudo que os fãs da saga espacial podem esperar, inclusive um duelo de sabres de luz. Tudo isso embalado pelas imortais músicas de John Williams: Imperial March, tema do Império, Across the Stars, tema de Anakin Skywalker e Padmé Amidala e Duel of the Fates, tema da batalha entre Qui-Gon, Obi-Wan e Darth Maul. Aqui está o video da apresentação. Infelizmente, a narração está em francês, o que tira um pouco do clima. Mesmo assim, é uma homenagem muito importante para todos os fãs de Star Wars pelo mundo.

Links relacionados:

Notícia postada no Jedimania

24 de mai. de 2006

“Bota Kirk, seu escrivão”

Na cidade de Kenai, no Alaska, o casal Marcus Weldy e Rebecca McInnes Weldy of Nikiski homenagearam um dos grandes capitães da Frota Estrelar ao nomear seu quarto filho James Tiberius Kirk Weldy. O apoio da família na escolha do nome do infante foi decisivo, uma vez que os pais e irmãos do casal, assim como eles próprios, são trekkies de longa data, comparecendo às convenções da Frota Estelar.

Além de ser um nome bonito, evoca grandiosas ações e nobres valores. Não obstante, ao crescer, irá enfrentar uma miríade de piadas e provações escolares por ter uma nome tão peculiar. Parabéns aos pais pela coragem. Morte a criança, porque agora os demais trekkies terão que nomear seus filhos Jean-Luc Picard.

Links relacionados:
Notícia original no Kenai Peninsula Online

My name is: Cleveredison, Dijaniane, Estefanisie...

14 de mai. de 2006

Intriga e suspense na Alemanha nazista

Na década de 30, o escultor judeu Kyril descobriu um segredo capaz de mudar a história do ascendente regime nazista. Para garantir a segurança da informação, o artista cria cinco bustos do compositor alemão Richard Wagner e esconde o documento na base de um deles. Sabendo disso, a Gestapo, polícia secreta da Alemanha, começa uma caçada louca em busca dos bustos. E essa procura acaba por envolver o jornalista japonês Souhei Touge (峠草平) e três homens que compartilham o mesmo nome: Adolf.

Adolf Kamil (アドルフ・カミル) é filho de refugiados judeus radicados em Kobe e descobre por acaso o segredo do busto quando este escapa da Alemanha. Por acaso, a informação vaza para Adolf Kaufmann (アドルフ・カウフマン), filho de uma japonesa com um diplomata alemão que tem de enfrentar o preconceito da sociedade judia de Kobe e também do próprio pai, que é agente secreto do partido nazista. O terceiro é o próprio führer, Adolf Hitler (アドルフ・ヒトラー).

É esse clima de mistério e incerteza que predomina em Adolf ni tsugu (アドルフに告ぐ, literalmente Diga a Adolf), a nova obra de Ozamu Tezuka publicada no Brasil, com o título simplificado de Adolf. Para quem estava acostumado com Buda, a história promete muitas surpresas, começando pelo estilo do traço, muito mais detalhado que seu antecessor. O humor também está presente, mas de forma mais sutil, ainda que totalmente tezukiana, já que este não é um mangá de comédia.

Os temas discutidos vão desde o preconceito racial até as bases do nazismo, os quais Tezuka recheia com referências à filosofia (Nietzche), à arte (Wagner) e à literatura política (Mein Kampf, o livro escrito pelo führer). Durante as Olimpíadas de Berlin, em 1936 (ano no qual a história começa), o partido nazista, que completa dez anos com Hitler no poder, se engaja em uma campanha populista para converter as massas à sua ideologia. A demagogia não passa despercebida pelo olhar crítico do autor. "Tem algo errado com o nazismo. Mais cedo ou mais tarde a máscara vai cair...", sentencia Touge.

Aspectos mais pesados da história são vistas de forma mais intimista. Diferente de Buda, onde a luta pela sobrevivência servia de justificativa para a violência, agora ela é usada gratuitamente, como objeto de opressão. A própria morte é sentida pelos personagens: ela é o castigo por um comportamento subversivo que contrarie os interesses dos donos do poder.

Apesar das diferenças, Tezuka continua a apresentar personagens aos poucos, em histórias paralelas que tendem a se unificar continua. O leitor não sabe muito mais do que Touge, e é levado descobrir as peças do mistério junto com ele, se surpreendendo a cada revelação. E qual seria, afinal, o grande segredo do nazismo? A resposta está nas páginas de Adolf, que chegou para consolidar a posição de seu autor como um dos grandes nomes do mangá.

Foto: Devendo crédito.

6 de mai. de 2006

Igreja católica quer censurar desenho sobre Vaticano

A série Popetown, sobre o cotidiano do Vaticano, sofreu fortes pressões após sua estréia na Alemanha. A igreja católica, assim como as comunidades judaica e islâmica, pressionou, em vão, a emissora MTV, que transmite a animação naquele país, para removê-lo da sua grade de programação.

Para o arcebispo de Munique, a versão alemã do desenho contém mais blasfêmias que a versão original e foi considerado "um insulto coletivo para os católicos praticantes" na ação movida no Tribunal de Grande Instância de Munique. Diversos protestos também tiraram Popetown do ar na Inglaterra, onde ele foi criado, e na Nova Zelândia.

O show foi produzido – veja só – pela BBC, a televisão pública inglesa, e se passa na cidade fictícia de Popetown, e conta a história de Padre Nicholas, assessor pessoal de um Papa criança, que passa grande parte do tempo brincando com seu báculo pula-pula (foto). O tom satírico da série pode ser visto em seu trailer de abertura. "O Papa quer que você brinque de esconde-esconde com ele", diz uma irmã.

Apesar dos protestos, os dez episódios da primeira temporada de Popetown foram lançados em DVD em seu país de origem, podendo ser encontrados via torrent.

Links relacionados
Popetown na Wikipedia.
Stoppt Popetown - Site criado por uma revista evangélica alemã contra o desenho.
"Igreja alemã denuncia desenhos da MTV sobre papa", da Folha de São Paulo.

Foto: Galeria de fotos da Folha

2 de mai. de 2006

Gothkawa

Esperando lançar uma nova moda no Japão, a cantora de 18 anos Kitade Nana está adotando um visual "gothkawa" (gothic + kawaii). "Gothic Lolita" é um estilo que imita roupas vitorianas, usando preto e branco e muitos acessórios e laços. Unindo o fofinho ao gótico-lolita no seu tema principal, Kitana Nana vai lançar seu novo single a cada 7 dias. Por que a cada 7 dias? Porque nana é também a palavra para o número sete em japonês. O primeiro single da cantora vai ser "Moonlight Densetsu", um cover da música tema de Sailor Moon.

Retirado de Warrenellis.com < Akadot

Japoneses ficam cada vez mais extravagantes nos seus modismos. Já é de conhecimento geral que adolescentes japoneses forçam no visual estranho. Creio que chegou a um ponto no qual não há mais novos estilos para serem explorados e as referências ao antigo são o que pode diferenciar alguém da massa, lá. Coisa já vista em Tsubasa Chronicle, que retirou da maioria das obras da CLAMP personagens e referências e os recontextualizou. Divertoso num anime, fogo de palha em moda.

29 de abr. de 2006

The W Files

Na minha visita diária ao d-addicts, maior centro de dramas asiáticos, me deparei com a seguinte série: The W Files.

Definição do show: "Wesley thrives on investigating the strange, the unknown and the extraordinary. He is accompanied by the logical Pak So who believes that everything in this world can be explained by science. The gripping cases involve a broad range of subject matter including reincarnation, immortality, black magic, the occult, superstition, alien presence, tribal curses and destiny".

Cópia descarada de X-Files >_<, versão Hong Kong.

28 de abr. de 2006

Conrad lança "Adolf", de Tezuka

A editora Conrad, responsável pelos milhões de reais que eu gastei em mangá há seis anos, lançou a série Adolf (アドルフに告ぐ, Diga a Adolf), do já consagrado mangaká Osamu Tezuka. O mangá possui cinco volumes que custam, aproximadamente, R$27,90 cada, o que significa um gasto total de 139,50 reais que valem a pena.

A história se passa antes da Segunda Guerra Mundial, quando o repórter japonês Souhei Touge (峠草平) investiga o desaparecimento de seu irmão nas Olímpiadas de Berlin. Sua busca o leva a encontrar três personagens que compartilham do mesmo nome. Adolf Kamil (アドルフ・カミル) é um judeu vivendo no Japão. Seu melhor amigo é Adolf Kaufman (アドルフ・カウフマン), um descendente de japoneses e alemães que se torna nazista. O terceiro é o próprio führer, Hitler (アドルフ・ヒトラー).

Outros títulos do autor publicados no Brasil são A princesa e o cavaleiro (pela JBC), Osamu Tezuka: uma biografia mangá e Buda.


Leituras relacionadas:
- O grande ditador, filme de Charles Chaplin que ironiza o nazismo.
- Lista de livros de ou sobre Hitler, muitos com versões online gratuitas.